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Sejam bem vindos. Este blog contém coisas simples como receitas, pensamentos e críticas de filmes e livros. Espero que gostem!!!

Filmes

 
TRON – UMA ODISSÉIA ELETRÔNICA


FICHA TÉCNICA
título original:Tron
gênero:Ficção Científica
duração:1 hr 36 min
ano de lançamento: 1982
estúdio: Walt Disney Productions / Lisberger/Kushner
distribuidora: Buena Vista Distribution Company
direção: Steven Lisberger
roteiro: Steven Lisberger, baseado em história de Steven Lisberger e Bonnie MacBird
produção: Donald Kushner
música: Wendy Carlos
fotografia: Bruce Logan
direção de arte: John B. Mansbridge e Al Roelofs
figurino: Eloise Jensson e Rosanna Norton
edição: Jeff Gourson
efeitos especiais:MAGI-Synthavision / Information International / Robert Abel and Associates / Digital Effects Inc.

UM RESUMO BÁSICO DO FILME
Tron é uma ficção científica morna, com uma história criativa que é ofuscada pelos efeitos especiais, que considero muito bom para a época.
Conta a aventura de um jovem que trabalha para uma empresa que desenvolve jogos eletrônicos, mas tem seus projetos roubados por outro funcionário, que é promovido a vice-presidente. Desde então ele invade esse sistema em busca de algo que comprove que ele é o autor daqueles projetos.
Com a ajuda de seus amigos, ele entra na empresa e tenta acessar o sistema, que por sua vez se defende desintegrando e transportando-o para dentro do seu universo.
Lá dentro, o jovem luta por sua sobrevivência. Conta com a ajuda de seus amigos que estão no mundo real, mas são representados por programas dentro desse universo. Finalmente eles desarmam a defesa do sistema e conseguem eliminá-lo. Dessa maneira o jovem retorna para o mundo real com a prova que tanto buscava, assumindo assim o cargo que era seu por direito.

CRÍTICA
Não é um divisor de águas no ramo da computação gráfica voltada para o entretenimento, mas com toda a certeza trata-se de um marco.
Com seu enredo que força a utilização da computação gráfica não só para os efeitos especiais, mas no intuito de simular o universo virtual que existe dentro dos computadores, o filme transcorre de maneira muito dinâmica. A seqüência em que os fatos vão se apresentando segue uma lógica deixando o filme interessante, porém, apesar de criativa, a história se torna confusa e complexa devido aos argumentos e diálogos.
Existem alguns fatos que tiram o filme do foco. Um exemplo é o principal acontecimento do filme que é a “digitalização” e o transporte do ser humano para dentro do sistema, e conseqüentemente para dentro de um computador. Isso me leva a crer que, apesar do personagem estar dentro de um sistema de computador, ele ainda é humano com sua consciência e suas lembranças. Logo, ele é o único humano que esta de fato fisicamente dentro do sistema. Sendo assim, subentende-se que as demais representações de humanos sejam apenas programas voltados para determinados fins, certo? Errado! O que o filme mostra é justamente o contrário. Primeiro que este universo virtual mais se assemelha a um lugar com uma tropa espacial, e não a um sistema computacional com suas lógicas, programas, regras, procedimentos e diretrizes. O que transparece a meu ver, é que o sistema, nada mais é que uma sociedade primitiva que usa trajes e armas modernas, que tem o seu soberano máster control com seu exército que oprime e persegue os demais programas. Isso ficou claro quando os programas são capturados, aprisionados e obrigados a treinar para uma importante competição que irá ocorrer.
Outro fato que humanizou demais esse sistema foi quando o personagem e seus companheiros de jornada (programas) bebem água numa espécie de rio. Isso mesmo, água dentro do computador. Acredito que se eles estivessem procurando alguma fonte de força e de inteligência, pela lógica esta fonte deveria ser de luz e não de um elemento que teoricamente seria prejudicial para aquele ambiente. Isso sem contar que o personagem beija uma mulher, que na verdade é um programa que representa a sua amiga que esta no mundo real, e ainda por cima o programa gosta do tal beijo. (A não ser que este programa tenha inserido em seu script uma linha de comando onde define o que é um beijo e determina que sua ação, deverá ser de surpresa e satisfação, pra mim tá bom, caso contrário, não tem lógica!)
Em fim, apesar dos desvios, o filme também mostra coisas positivas como a função da ficção científica, que é imaginar e visualizar um futuro próximo e repleto de facilidades. Embora o filme tenha mais de vinte anos, algumas coisas que na época parecia muito além da realidade, hoje já fazem parte do nosso cotidiano. O maior exemplo é a mesa que opera o máster control, repleto de luzes, sem teclado e sem fiação. Hoje a tecnologia touch-scren não é novidade e já existe o computador surface (igualzinho a mesa).
O filme termina de maneira muito simples e sem perspectiva de como a vida dos personagens seguiriam dali em diante.
Aconselho assistir o filme com espírito observador de como as coisas foram realizadas naquela época, do que com a grande expectativa de que o filme irá mudar sua vida.


MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE

FICHA TÉCNICA

Diretor: Adam Elliot
Elenco: Vozes na versão original de Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries.
Produção: Mark Gooder, Paul Hardart, Tom Hardart, Bryce Menzies, Jonathan Page
Roteiro: Adam Elliot
Trilha Sonora: Dale Cornelius
Duração: 92 min.
Ano: 2009
País: Austrália
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Gaumont
Classificação: 12 anos

RESUMO BÁSICO
Mary é uma criança que cercada de problemas. Tem uma mãe alcoólatra e claptomaníaca e um pai ausente. Seu visinho da frente tem sociofobia, além de sofrer Bullying na escola.
Começa a se corresponder com Max, um obeso judeu e autista. Surge então uma amizade profunda de dura anos e anos.

CRÍTICA
De fato trata-se de uma excelente animação e a técnica de stop motion é um espetáculo a parte. Utiliza o clima preto e branco para diferenciar a rotina caótica da poluída Nova York e a frieza das pessoas que nela vive, com o sépia do Canadá, que dá um clima mais de outono e remete ao símbolo deste país que é a folha da árvore de Bordo. Fora isso, o que vemos é um espetáculo de diálogos e argumentos.
De maneira clara, simples e objetiva, o filme consegue transitar entre preconceitos, dúvidas e diferentes estados das mentes sem causar traumas. Nos leva a refletir sobre nossas vidas e o quanto ela pode ser breve independente da idade, e o valor da amizade.
É um filme para adultos e crianças verem juntos, pois conta com tiradas inteligentes que intercalam com momentos importantes da vida. É cativante para as crianças devido aos personagens e a maneira como se comportam, mas trata de assuntos muito sérios que os adultos deveriam observar como a negligência aos seus filhos e o exemplo que estão passando.
Recomendo, vale a pena.